domingo, 18 de julho de 2010

Entrevista com Enivaldo Ribeiro


Desde seu primeiro mandato o que mudou na política paraibana? Você acredita que a população está mais consciente quanto ao voto?

Infelizmente não, a população vai muito “na onda” da mídia, se falar bem, se for demagogo ele ganha, o povo não procura saber o passado. Tem que saber o histórico da pessoa para saber quem é ela. Fui candidato de Campina Grande em 88, e perdi a eleição mesmo tendo feito tanta coisa pela cidade, isso significa que o povo não olha, vai na demagogia, na conversa, isso entristece a gente.

A família Ribeiro tem vários nomes na política, alguns de seus filhos e sua esposa estão nesse meio também, você acredita que política é algo que esta no sangue, ou sobrenome ainda conta muito e arrecada muitos votos na política paraibana?

Não, eu acho que esta no sangue, já existe uma tradição na minha família. Argemiro de Figueiredo, que foi senador da republica, foi governador do estado da Paraíba, é meu parente, primo legitimo do meu pai, tinha um tio que foi vereador Zacarias Ribeiro, meu irmão já foi prefeito de Maçaranduba, e ai a tradição começa. O próprio Veneziano é meu parente, o parentesco que tenho com Vitalzinho e Veneziano não é um parentesco muito distante, então acho que é uma questão de sangue mesmo. Talvez também influencie, por exemplo, Daniella foi influenciada porque desde pequena andava comigo, Aguinaldo também. Acho que a convivência aliada ao sangue faz isso.

Aos 75 anos, com vitórias e derrotas eleitorais, o senhor se arrepende de alguma aliança que tenha feito durante a sua vida pública? Houve muitas traições?

Não. Traições houve, mas o que me conforta é que nunca trai ninguém, graças a Deus, se eu for visitar qualquer casa em toda Campina não encontrara ninguém para dizer que eu fiz um mal, pois acredito que uma pessoa quando está no poder tem uma oportunidade que Deus dá para praticar o bem.

A atual gestão da Prefeitura de Campina divulgou que pretende fazer uma ampla reforma na feira central da cidade, qual sua opinião sobre essa reforma?

Um homem que passou quatro anos para fazer a feira da prata, uma feira muito menor que a feira central, faz medo que ele vá fazer um trabalho na feira central, vai demorar quantos anos? Ninguém nem sabe. O grande problema dessa administração é questão de planejamento, que nunca fizeram. Eu tinha planejamento no meu tempo, por exemplo, o parque do povo, o São João, isso foi feito por nós, só não fiz a pirâmide, tenho orgulho de dizer que fui eu que criei o São João, eu e minha equipe. Então para o prefeito fazer isso, pensasse antes de fazer, pois se não tiver cuidado pode criar um grande problema na região.

Campina vive hoje um problema comum das medias e grandes cidades brasileiras, as vias urbanas engarrafadas nos horários de pico. Durante a sua gestão, foram feitas as grandes avenidas da cidade, como: Floriano Peixoto, Almirante Barroso, Dinamerica, entre outras. Você acha que faltou a Campina nos últimos 30 anos um plano de desenvolvimento da malha urbana?

Nós abrimos as avenidas, a Floriano Peixoto, a Dinamerica, Almirante Barroso, varias avenidas, a abertura da Pororoca, tudo isso desobstruiu a cidade. Deixei um plano de trafego que feito por uma pessoa da universidade daqui de Campina Grande, aqui não tem mais isso, não fazem um plano. Um grande absurdo, que as pessoas não protestarão, se fosse na minha época “me matavam”, o terminal de integração, eu abri as avenidas e dei espaço a Campina Grande, ele tirou o espaço da cidade, prejudicou um equipamento bonito que Campina tem, para colocar algo que poderia ser em qualquer outro lugar. Isso é falta de visão administrativa, que ele não tem e a equipe dele não tem também, pois se tivesse não faria.

No último mês comemoramos mais um São João, você foi um dos colaboradores para o surgimento. Como se sente com o sucesso do evento?

Fico muito feliz, o São João de Campina Grande era só de rua, começou na Desembargador Trindade, uma mulher chamada Amenair dos Santos que fazia quadrilha de rua, que brinquei quando era menino. Quando assumi a prefeitura só existia uma quadrilha de rua, então estimulei quadrilhas de outras ruas, dava estrutura, estabelecia prêmios, e isso começou a proliferar nos bairros. Então nós estimulamos, iniciamos, demos o espaço, construímos o São João, depois Ronaldo colocou o nome dele.

Quais suas expectativas para essa eleição de 2010?

Gostaria que, quem for governador olhe por Campina Grande, pois é uma cidade que esta sofrida por falta de investimentos.

Um comentário:

  1. Ao amigo Enivaldo Ribeiro que tanto trabalhou por Campina em seus mandatos, deixo um abraço cordial, como é bom ver que temos politicos que ainda trabalham por uma Campina Grande de verdade!!!

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